ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE SANTARÉM

segunda-feira, 19 novembro 2018 11:35

CDU Constância realiza encontro e presta contas

Após reunião realizada a 18 de Novembro, com o objectivo de efectuar um balanço sobre o seu trabalho na oposição e ainda a acção das maiorias socialistas nos vários órgãos Autárquicos, os eleitos e outros activistas da CDU no Concelho de Constância, decidem tornar público o essencial das suas conclusões.

A mudança que não aconteceu ou que não conseguimos vislumbrar

Como é do conhecimento geral a campanha autárquica do Partido Socialista foi baseada namudança sem no concreto descriminar que mudança efectiva queria para o nosso Concelho.

O balanço realizado pelas cerca de três dezenas de participantes no encontro concluiu que, não existiu qualquer mudança para melhor, na organização das Festas do Concelho e Pomonas Camoneanas, nas actividades culturais e desportivas promovidas pelo município e freguesias e na relação destas com o movimento Associativo.

Não melhorou a limpeza dos aglomerados urbanos nas freguesias de Montalvo e Santa Margarida da Coutada onde, durante o verão, predominou uma invasão de ervas pelas ruas e em que espaços emblemáticos como o Açude foram abandonados e desprezados.

O encerramento e reabertura do Centro Escolar de Santa Margarida, sem os pareceres autorizados dos serviços de Saúde, ou mesmo no encerramento completo do Parque Infantil em Montalvo sem providenciar a utilização de parte dos equipamentos para as crianças poderem continuar a divertir-se são elementos preocupantes que reflectem a improvisação da gestão municipal.

 

Ponte - Garrote do nosso desenvolvimento

Das poucas propostas concretas do seu programa o Partido Socialista afirmou ter como “desígnio” da futura gestão a questão da nova Ponte que é sem dúvida o maior estrangulamento do Concelho.

Sendo este o mais forte colete-de-forças ao desenvolvimento da nossa comunidade a maioria Socialista do Concelho não conseguiu até hoje convencer o seu governo central, nem tão pouco o Município de Abrantes, para a urgência da nova travessia que sirva a margem esquerda do Tejo.

Lamenta a CDU que o actual executivo votasse favoravelmente, no âmbito da Comunidade Intermunicipal, como primeira prioridade a construção da Ponte da Chamusca ficando em segunda prioridade o alargamento da Ponte de Constância em pé de igualdade com uma nova travessia em Tramagal.

Sabendo nós que ao longo dos anos foi afirmado por técnicos ligados à manutenção da Ponte rodo ferroviária de Constância não ser possível tal alargamento, aliado à manutenção da reivindicação de uma outra Ponte em Tramagal, fica claro que a posição do nosso município perdeu peso, e muito, na reivindicação da solução do nosso maior e mais grave problema.

 

Agregação das Águas, Esgotos e Resíduos Sólidos

Começamos por condenar a falta de rigor (certamente propositada) da informação camarária sobre o prejuízo na prestação destes 3 serviços.

Caso o município contabilize o valor da água consumida pela Piscina Municipal, Pavilhão Desportivo, Escolas, Sanitários e outros edifícios públicos, Bombeiros, regas de Jardins, ect., conclui-se facilmente que o município não tem praticamente prejuízo.

Certamente existirá soluções na base de entendimentos pontuais, entre Municípios, que possam levar à obtenção de fundos comunitários que é o objectivo fundamental.

Não poderá, nunca, o nosso município abdicar da gestão directa destes serviços básicos sob pena de passar a prestar um pior serviço, e muito mais caro, à semelhança do que tem acontecido com outras autarquias que têm já esta experiência.

A comprovar esta situação estão os estudos já realizados, que demonstram ser o Concelho de Constância que tem o melhor serviço, nestas áreas, no conjunto do Médio Tejo.

Quando são apresentados estudos em que o aumento previsto é da ordem dos 28% sem ter em conta o benefício que é o tratamento de mais de 60% dos nossos esgotos, a título gratuito pela Caima, não se está a defender os interesses dos nossos munícipes. Quando se prevê nos ditos estudos a criação de um Conselho de Administração que poderá vir a gastar milhares de Euros em salários e outras mordomias não se está a defender os interesses dos cidadãos. Quando se delega a responsabilidade da política de preços a praticar sem qualquer controle pelos contribuintes é mais que certo que iremos pagar o preço que nos for imposto.

 

Falta gritante de Estratégia

A completa ausência de estratégia de intervenção do município é gritante. No turismo não existe qualquer rumo. A promoção do Concelho é inexistente. Os espaços existentes no concelho para promoção servem para tudo menos para promover o pouco que se faz. Na educação a medida tomada de não pagar passes a alunos de outros concelhos levará certamente, num futuro próximo, a colocar em causa a existência do Ensino Secundário. Na desertificação, problema maior que afecta particularmente a Freguesia de Santa Margarida, para além de uma redução ligeira do preço dos lotes municipais, à qual a CDU se opôs por considerar insuficiente, não se investe na concretização da urbanização iniciada junto ao CESM.

O problema da falta de um Médico de Família em Montalvo é um assunto que se arrasta há anos e que é urgente resolver. No entanto não é compreensível, com as dificuldades financeiras actuais, que se preveja gastar 90.000€ na adaptação da Escola Dr. Godinho quando as antigas instalações na Casa do Povo de Montalvo com menos de metade dessa verba podem ficar com óptimas condições.

 

Será que tudo foi mal feito? É uma pergunta cheia de oportunidade e nós afirmamos que não.

A criação de uma zona de estacionamento junto à Sociedade da Portela (ideia e negociação de terrenos que vinham do anterior mandato), o arranjo em frente ao Cemitério da Portela, o concurso 7 Maravilhas à Mesa e algumas pequenas obras são aspectos positivos no meio de um oásis de uma gestão errática, improvisada e sem estratégia.

 

Constância, 18 de Novembro de 2018

 

 

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