O PCP e a CDU manifestaram-se contra a criação da empresa Tejo Ambiente - empresa intermunicipal de ambiente do Médio Tejo, por estarmos contra o processo de agregação dos sistemas de abastecimento de água e de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos em baixa, e também porque esta empresa ao ser criada, ter levado à extinção dos serviços ou empresas municipais existentes nos 6 municípios (Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha). Desde a sua criação que fomos alertando para as consequências de desmantelar e desmembrar serviços ou empresas existentes, com anos de funcionamento e de conhecimento. Alertámos igualmente que a nova empresa ao ser criada seria um processo, já por todos conhecido, que mais não visava do que a privatização destes serviços e por sua vez de recursos imprescindíveis à vida de todo o ser humano.
Os resultados estão à vista! Ao fim de pouco mais de dois anos de funcionamento há cerca de 3,2 milhões de euros de prejuízo, que irá ser pago por cada concelho, diga-se por cada cidadão.
Agora que o custo de vida aumenta, crescem diariamente os preços dos produtos alimentares, do gás, da eletricidade, dos combustíveis, das rendas, das prestações da habitação, das comunicações, dos seguros, das portagens; agora que as famílias que vivem com menos poder de compra e que são as que mais sentem e mais sofrem com esta subida do custo de vida, é com indignação e revolta que recebem a notícia que o seu tarifário da água pode vir a ter um aumento superior a 20%.
O PCP e a CDU manifestando o seu repúdio por tal aumento, apelam à luta das populações destes concelhos pela salvaguarda da gestão da água e dos resíduos sólidos urbanos nos municípios, é questão fundamental para garantir tarifas comportáveis.
30 de Maio de 2022
A Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP