A DORSA do PCP, em 8 de Fevereiro, emitiu um comunicado onde dizia e cita-se «sendo certo que não depende de nenhuma entidade que chova, já a adopção de planos de contingência que prevejam uma situação difícil, devem ser elaborados de modo a minimizar os impactos, assim como a exigência de apoios que ajudem os produtores agrícolas a enfrentar esta adversidade que se soma a outras».

Por outro lado, em 15 de Fevereiro o Executivo da DORSA emitiu um outro comunicado referindo que, e cita-se «procedeu à avaliação da intenção governamental de instalação de uma central fotovoltaica equivalente a 60 campos de futebol, com painéis solares a flutuar nas águas da albufeira de Castelo do Bode. É essa a proposta do Ministério do Ambiente já em fase de concurso. O Executivo da DORSA considera que importa tornar público quais as implicações que este projeto vai ter nas atividades náuticas e lúdicas na albufeira de Castelo do Bode e o impacto ambiental na fauna e flora daquele lago artificial da nossa região, desde logo alerta para o facto de não ser conhecido qualquer estudo de impacto ambiental».

Somos chegados aos dias de hoje com um enorme agravamento da situação de seca, com todas as consequências para as actividades agrícolas, para além do problema do consumo humano, mas problema que também poderá ter impacto no combate a eventuais incêndios, já que muitas bacias que propiciavam a possibilidade de enchimento de depósitos para o combate com meios aéreos não estão em condições de serem usados. Ora, isto soma às nossas preocupações quanto à instalação de uma central fotovoltaica da dimensão acima referida na albufeira de Castelo do Bode.

Se o Governo anda atrás do prejuízo no que respeita a planos de contingência sobre a seca, já no que respeita aos «negócios verdes» anda sempre muito adiantado, sem acautelar os interesses nacionais. E por mais propaganda e ilusionismo que seja feito, a realidade acabará por se impôr.



Santarém,

22 de Junho de 2022

O Executivo da DORSA do PCP