A introdução de taxas de portagens na autoestrada A23, uma SCUT, desvirtuou por completo o objetivo destas vias contruídas com o propósito de não terem custos para os utilizadores e de promoverem a mobilidade das populações. Os Governos do PS, PSD e CDS que implementaram ou mantiveram esta cobrança, prolongam um processo injusto que penalizou fortemente as populações dos distritos de Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Guarda e fragilizou o aparelho produtivo destas regiões do interior do país. As consequências das restrições impostas à mobilidade das populações pela cobrança de portagens, as privações nos acessos a serviços públicos, o aumento dos custos de produção para as MPME e o isolamento ainda maior destes territórios em relação ao resto do país foram previstas e prevenidas pelo PCP que sempre se opôs à introdução deste mecanismo e à adoção do modelo “utilizador-pagador”. O PCP esteve sempre ao lado das populações e dos micro, pequenos e médios empresários que desde a primeira hora e quase 10 anos depois continuam a exigir o fim das portagens na A23.
No momento presente, marcado pela degradação acelerada das condições de vida dos trabalhadores e do povo e pela ameaça de encerramento em massa de MPME, o PCP considera indispensável que se reponha a gratuitidade em toda a extensão da A23 de forma a dinamizar a atividade económica e devolver o direito à mobilidade das populações.