Após notícias dos resultados do último concurso para contratação de médicos, constatamos que se mantém a carência de recursos humanos no HDS e a ausência de respostas concretas para os problemas que afetam a instituição. É evidente que estamos perante um cenário que reflete o desinvestimento crónico no SNS, o que prejudica o acesso da população a cuidados de saúde de qualidade.
A falta de especialistas em áreas essenciais, como Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia, Medicina Interna, Anestesia, Psiquiatria, Dermatologia, Fisiatria, Gastroenterologia e Oftalmologia, é um reflexo direto da política de desinvestimento e da falta de atratividade das carreiras médicas no SNS. É urgente reverter esta situação através do estabelecimento de condições de trabalho dignas, salários justos e perspetivas de carreira atrativas para os profissionais de saúde.
A transferência de partos para instituições privadas, mais uma medida paliativa anunciada pelo governo, é motivo de grande preocupação. Esta prática expõe a submissão do governo PS perante pressões e interesses dos grupos privados da saúde. Reiteramos que a saúde não pode ser tratada como uma mercadoria e defendemos o reforço do SNS como o pilar central para a prestação de cuidados de saúde de qualidade e acessíveis a todos.
Instamos o governo a tomar medidas imediatas para resolver a carência de recursos humanos no HDS e em todo o SNS, incluindo a contratação efetiva de profissionais em todas as especialidades necessárias. É fundamental investir em infraestruturas e equipamentos adequados, garantindo condições de trabalho dignas e estabilidade laboral para os profissionais de saúde.
O PCP, reafirma o seu compromisso com a defesa do SNS como um serviço público, universal e de qualidade. Continuaremos a lutar por um investimento adequado no HDS, colocando a saúde e o bem-estar da população em primeiro lugar.
A DORSA do PCP, saudando as centenas de utentes que no distrito têm dinamizado diversos protestos e que contribuíram para a grande marcha realizada no passado dia 20 de Maio em Lisboa, apela o que os mesmos prossigam e intensifiquem a luta em defesa do SNS.
